Crónica Modicus - Belenenses

O Belenenses perdeu 7-6 em Sandim, com o Módicus, após prolongamento, sendo afastado da Taça de Portugal na 4ª eliminatória.

Não há vitórias morais e, objectivamente, fomos eliminados da Taça de Portugal, prova em que queríamos chegar à final. Fica, portanto, um sentimento de tristeza e insatisfação. No entanto, o jogo merece um comentário alargado e que faça justiça à atitude da nossa equipa.

Cabe, desde já, referir que se assistiu a uma magnífica partida de futsal, de excepcional emoção e intensidade, mantendo o público completamente preso durante os 50 minutos de jogo. Até das bancadas cansava ver tanta competitividade e intensidade de jogo.

Sem dúvida que ambas as equipas mereciam seguir em frente. É preciso relembrar e cumprimentar o excelente conjunto que tem o Modicus, com um belíssimo plantel, que permite entender a posição que ocupa na tabela classificativa do Campeonato.
No entanto, o Belenenses fez (também) o suficiente para seguir em frente e não merecia que terceiros contribuíssem para a nossa eliminação.

A primeira parte foi jogada em grande velocidade, num ritmo de ataque-conta-ataque, bola cá-bola lá. Sob o signo do equilíbrio, a equipa local foi, contudo, mais eficaz, chegando ao intervalo a vencer por 2-1. O golo azul, fazendo 1-1, foi apontado por Simas.

A 2ª parte começou igualmente equilibrado mas, de penalty (que haveremos de voltar a referir), o Modicus chegou a 3-1. O Belenenses pareceu afectado pelo golo, teve um período menos bom, e sofreu ainda o 4-1. Visto de fora, o jogo parecia perdido.
Mas foi a vez da coragem azul. Com 7m30s (aproximadamente) para jogar, o nosso treinador Alípio Matos assumiu o risco de passar a jogar em 5x4, com Regufe como guarda-redes avançado.

O Belenenses voltou a crescer e um golo de Dario (estreou-se a marcar) fez-nos reentrar na discussão do jogo. Acreditando mais do que nunca, a nossa equipa encostou o adversário às cordas e Drula e Anilton (estreia auspiciosa), em cerca de meio minuto, restabeleceram o empate. Faltavam uns 4 minutos para jogar.

O Modicus reagiu muito bem e chegou ao 5-4 (num grande golo, sem hipótese para um fantástico José Carlos) mas por pouco tempo, pois Regufe voltou a estabelecer o empate.

Continuando muito bem, o Belenenses chegou finalmente à vantagem (por Anilton), quando o cronómetro assinalava 1m02s para jogar. No entanto, não soubemos conservar a vantagem, que só durou 10s. Até aos 40m, houve ainda tempo para uma expulsão a castigar Regufe e um jogador da equipa local.

O prolongamento foi também muito disputado, embora fosse já perceptível algum cansaço em ambas as equipas.
Na primeira metade, o Belenenses beneficiou de oportunidade de golo quase certo, com 3 jogadores isolados frente ao guardião do Módicus. Mas...falhámos!

No segundo tempo, surgiu o único golo deste período, o do 7-6, a cerca de 1m40s do fim. Tudo tentámos no tempo que restava; porém, não conseguimos voltar a marcar.
Faltou-nos, mais uma vez a estrelinha da sorte, que nos foi madrasta, como já fora, no Campeonato, em vários jogos (Sporting, Fundão, Leões de Porto Salvo). E também tivemos duas falhas (o 6-6 e o golo desperdiçado no prolongamento) que se pagam caro...

Por outro lado, uma dupla de arbitragem já famosa (pode ter-nos impedido de ser Campeões em 2008) realizou um mau trabalho. Fomos os mais consideravelmente prejudicados:
a) Antes do 2º golo do Modicus, a bola tinha saído fora;
b) O penalty de que resultou o 3º golo do Modicus não existiu (e podemos afirmá-lo com segurança, mesmo sem trair confidências);
c) Em ambos os períoddos foi poupada a 6ª falta ao nosso opositor;
d) Nas expulsões, Regufe foi o agredido (e só agredido), não devendo, pois, ser expulso.


Crónica