Crónica Venda Nova - Belenenses

A equipa sénior de futsal do Belenenses deslocou-se esta noite ao Pavilhão António Ferreira, na Venda Nova, para defrontar a formação da UPVN, em jogo da 4ª jornada do Campeonato Nacional da II Divisão – Série B, tendo vencido por 4-2 num encontro que poderia ter sido pouco complicado para a nossa equipa, mas que acabou por tornar-se bastante difícil.

Como tem sido habitual, o técnico João Freitas Pinto repetiu, pela quinta vez consecutiva, o cinco inicial da nossa equipa, com Roger na baliza e com Cautela, Tiago Carvalho, Bruno Pinto e Drula como jogadores de campo.

A nossa equipa entrou bem no jogo, trocando bem a bola, criando ocasiões de golo com relativa facilidade, com Bruno Pinto a inaugurar o marcador logo aos 2 minutos, com um remate forte de meia-distância, após passe de Drula, não dando hipótese de defesa ao guarda-redes contrário, seu irmão, na primeira vez que se defrontaram em jogos oficiais.

O Belenenses dominava o encontro, praticando um futsal bastante interessante, com as ocasiões de golo a continuarem a sucederem-se, com os adeptos presentes nas bancadas a anteverem o segundo golo da nossa equipa a qualquer momento.

Porém, por volta dos 8 minutos de jogo, a formação da casa equilibrou o jogo, começando a criar situações de perigo aproveitando algumas transições rápidas, fruto de uma diminuição de intensidade de jogo por parte da nossa equipa, a que se juntou alguma dificuldade em manter a posse de bola, aumentando o número de maus passes da nossa equipa, sendo que, nem o tempo de desconto solicitado pelo técnico João Freitas Pinto, aos 10 minutos, mudou essa situação.

Aos 11 minutos, a nossa equipa esteve novamente perto do golo, num lance rápido de ataque, com Osvaldo a desmarcar-se nas costas da defesa para assistir Leandrinho, que por pouco não ampliou o marcador.

No minuto seguinte, a formação do UPVN atingiu a quinta falta, mas apesar de faltar ainda oito minutos para o intervalo, o Belenenses não conseguiu explorar essa situação para conquistar a sexta falta.
A equipa da casa dominava o jogo nesta fase, com Roger a efectuar uma excelente intervenção aos 15 minutos, evitando o empate, mas pouco depois, Drula com um mau passe, colocou a bola nos pés de um adversário, que sem oposição, rematou colocado de fora da área para fazer o golo do empate. Estavam decorridos 16 minutos.

Só então a nossa equipa reagiu, voltando a comandar o encontro, com Célio, aos 17 minutos, a estar muito perto do golo, num lance típico de um jogador pivot, recebendo a bola de costas para a baliza, rodando o seu marcador directo, rematando forte para uma boa intervenção do guarda-redes adversário, num lance de belo efeito.

No entanto, o Belenenses ainda conseguiu marcar antes do intervalo, com Drula a redimir-se do mau passe no lance do golo adversário, inventando uma fantástica jogada individual, passando por vários jogadores contrários, para desferir um potente remate de fora da área ao ângulo da baliza adversário, fazendo um golo de belo efeito, quando faltavam poucos segundos para o final da primeira parte.

No regresso dos balneários, o técnico João Freitas Pinto apostou em Célio para reiniciar a partida, tendo acertado na sua aposta, dado que Célio, logo aos 21 minutos, ampliou o marcador para 3-1, numa recarga oportuna a um primeiro remate de Bruno Pinto, que o guarda-redes contrário defendeu com dificuldade para a frente.
Logo a seguir, na sequência de uma transição rápida para o ataque, Bruno Pinto assistiu Drula, para um forte remate ao poste da baliza contrária. O primeiro de quatro remates aos ferros da baliza adversária.

Contra a corrente do jogo, e quando o Belenenses dominava o encontro, tal como o fez nos minutos iniciais da primeira parte, a formação da casa reduziu o marcador para 3-2, aos 23 minutos, em mais uma desatenção da nossa defesa, complementada por um inoportuno ressalto de bola.
No lance seguinte, novamente Drula a rematar de fora da área, com a bola a embater com estrondo na barra da baliza contrária, com a formação da casa, no lance seguinte, a falhar inexplicavelmente o golo do empate numa emenda perto da nossa linha de golo.

A sorte não estava do nosso lado, e aos 24 minutos, Bruno Pinto junto da nossa área, viu o guarda-redes contrário ligeiramente adiantado e procurou fazer um chapéu longo, com a bola a ser devolvida pela barra da baliza da equipa adversária, naquele que poderia ter sido um golo memorável, com Célio, no minuto seguinte, a estar novamente muito perto do golo.

No entanto, tal como na primeira parte, a formação da casa equilibrou o encontro, e rapidamente pegou no mesmo, aproveitando novamente uma fase em que sentimos imensa dificuldade em manter a posse de bola e em controlar o ritmo do jogo, com Roger a ser preponderante em algumas intervenções para evitar o golo da formação adversária.

Cautela, aos 32 minutos, esteve muito perto de elevar o marcador, numa tentativa de emenda ao segundo poste, na sequência de um contra-ataque rápido, sendo que a nossa equipa, até final do encontro, só em lances de contra-ataque procurava contrariar o domínio da formação da casa, com destaque para mais uma bola no poste da baliza da UPVN, após emenda de cabeça de Bruno Pinto perto da linha de golo.

Aos 36 minutos, Roger evitou o golo do empate, com mais uma boa intervenção, mas foi aos 38 minutos que mais contribuiu para a nossa vitória quando evitou o golo, com uma excelente defesa, num lance em que um jogador adversário surgiu isolado à sua frente, após ter fugido ao último jogador da nossa equipa.

As duas equipas procuravam o golo nesses minutos finais, com a equipa da casa desesperada á procura do empate, e o Belenenses a procurar, em lances de contra-ataque o golo da tranquilidade, que terminasse com a incerteza no marcador, o que veio a acontecer aos 39 minutos, por intermédio de Célio, na conclusão de um contra-ataque, após assistência de Drula, que recuperou a bola ainda no seu meio-campo.

Com o Belenenses na frente do marcador por 4-2, com menos de um minuto por jogar, acabaram-se as dúvidas sobre o vencedor do encontro, mas a formação da casa, a sete segundos do final, também teve direito a colocar uma bola no poste da baliza de Roger, num lance que poderia ter colocado mais justiça no marcador.

Com esta difícil, mas saborosa vitória, apesar da exibição da equipa ter estado uns furos abaixo do esperado, a nossa equipa conquistou mais 3 preciosos pontos, mantendo-se na liderança do campeonato, com quatro vitórias em quatro jogos, a par da formação de Os Vinhais, mas com vantagem no diferencial de golos marcados e sofridos.

O Belenenses alinhou com:
Roger (guarda-redes); Cautela, Tiago Carvalho, Bruno Pinto (1) e Drula (1).

Jogaram ainda:
Osvaldo, Bruno Martins, Leandrinho, Zé Daniel e Célio (2). Não foram utilizados Vando (guarda-redes) e Amarante.

Resultado Final:
UPVN 2 - 4 Belenenses


Crónica