Para muitos de nós, era uma amiga, como que uma pessoa de família, com a força e alegria contagiante que a caracterizava, e com que certamente quer que a recordemos. Mas é todo o nosso clube que fica mais pobre.
Com efeito, o Belenenses não perde uma grande figura; perde, sim, uma das suas figuras imortais. Ana Linheiro pertence àquele grupo de homens e mulheres que fizeram imenso o Belenenses. Ela foi uma das colunas do nosso clube.
Nadadora de excepção, campeã e recordista nos anos 40 da sua juventude (adolescência...), veio mais tarde a integrar várias direcções do nosso clube. Escreveu dois livros sobre o Belenenses e um outro especificamente sobre a Natação azul.
A menina dos seus olhos, contudo, era o nosso museu e sala de troféus, que organizou e conservou com desvelo, mesmo quando se fazia acanhado o espaço para a grandeza das nossas conquistas, da nossa história sempre a ser acrescentada.
Resta-nos a consolação de saber que esse espaço ficará em boas mãos, as de Argentina Fonseca, a filha de Matateu, a sobrinha de Vicente, pares de Ana Linheiro no Olimpo dos Belenenses.
[ACTUALIZAÇÃO]: O velório decorre amanhã na Igreja de Linda-a-Velha. O funeral sai sexta-feira às 9:30 AM com destino ao cemitério de Oeiras.